O menino atrás do balcão da biblioteca que pede que eu
digite a senha parece que foi fantasiado pela imaginação: camisa social
listrada de azul sob um blazer de brechó em xadrez miúdo; óculos grandes de
grau; feio; baixo e estranho. Tão estranho como se tivesse escapado de algum
livro da estante. Talvez tenha mesmo escapado de algum livro que por descuido
deixei aberto... Aberto dentro de mim.