A cidade parando a cada quilometro e eu tento evitar açúcar e TV. Sinto saudades involuntárias e quero um telefonema. O tempo me sobra e me sufoca. A preguiça e o tédio não são tão más companhias assim. E observei que refletir sobre vida me cansa.
Depois de um longo período, estou de novo desocupada, não gosto muito disso porque acho(talvez inconscientimente) que sou oque me ocupa. Quando trabalhava planejava o ócio: quando estiver de folga, pensava eu, vou ler todos os cadernos do jornal, hoje eles se acumulam e só li o resumo das novelas, vou reformar a bolsa da minha amiga e a única coisa que fiz a respeito disso foi tentar imaginar onde que eu a guardei, vou aprender forró (sozinha!!) e o máximo que faço é cantarolar Falamansa bem baixinho, e a lista seguia fatasiomente. E quando finalmente fico de fato ociosa quero uma ocupação. Não que eu seja muito dificil de agradar( minha mãe vai dizer que sim) mas de verdade mesmo: Só quero o telefonema.
Marcela
